Eu quero poemas poesias contos música
Para afirmar uma força que sou eu
eu quero o romantismo bem-datado de nossos encontros
e não quero mais chorar
eu quero o amor e o desgarrar dele
porque a arte liberta
a música liberta O preso de mim
A palavra li Aberta
Porque eu quero ar, o vazio que compõe meu ritmo
que era teu
eu quero desviar de cheios Quero me compôr Cheia
E vazia lua luz CHEIA E tanto vento
E mergulho no mar
Sim, eu quero a poesia e o Amor De mim
visível por todos os lados, porque em pé só
risível por todos os lados e traslados
Este poema escrevo para alguém, para ninguém
Este poema escrevo, a música escuto, aquele texto leio
O mar mergulho e o ar CORRO, percorro
porque há um Amor
Na liberdade De se deixar levar
De se deixar E levar
A vida.
Lucy janeiro.2008
quarta-feira, 27 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Alma Amar - se
Se eu conseguir falar
E tocar exatamente Naquilo que me incomoda
Naquilo que me preenche
Talvez, talvez
Eu consiga ultrapassar esta constatação
Se eu desenhar minhas paisagens
Esta arte entre em mim
E eu fique mais leve
E teu amor - Que é o meu -
Virá
Talvez se teu amor não vier
E eu ainda conseguir Desenhar
E escrever
Eu consiga...
Amar
Lucy 14.maio.2009
E tocar exatamente Naquilo que me incomoda
Naquilo que me preenche
Talvez, talvez
Eu consiga ultrapassar esta constatação
Se eu desenhar minhas paisagens
Esta arte entre em mim
E eu fique mais leve
E teu amor - Que é o meu -
Virá
Talvez se teu amor não vier
E eu ainda conseguir Desenhar
E escrever
Eu consiga...
Amar
Lucy 14.maio.2009
Dia
Seca de palavras
Cheia de palavras
As mesmas
E outras?
A mesma
E outra?
Meu tempo passa
E vem
A onda passa
E vem
E passa
Eu correndo atrás
E esperando
Não sei do quê
A não ser este pôr de sol
Essa informação
Que uma página
Ou o próximo dia
Descortina
E mantém oculta
Aparente
Latente
E Sensual
Onda
Eu sinto algum movimento
Mas é sempre uma surpresa
Eu sou sempre uma surpresa
Meu dia se descortina
E eu não sei
Aonde isso vai dar
Aonde Eu Vou parar
Eu não sei
Só sei que esse chão
Que eu piso
Já me passa
E eu pouso
Renovada
Em cada dia
Que passa
Eu chego
Em partida.
Lucy 14.maio.2009
Cheia de palavras
As mesmas
E outras?
A mesma
E outra?
Meu tempo passa
E vem
A onda passa
E vem
E passa
Eu correndo atrás
E esperando
Não sei do quê
A não ser este pôr de sol
Essa informação
Que uma página
Ou o próximo dia
Descortina
E mantém oculta
Aparente
Latente
E Sensual
Onda
Eu sinto algum movimento
Mas é sempre uma surpresa
Eu sou sempre uma surpresa
Meu dia se descortina
E eu não sei
Aonde isso vai dar
Aonde Eu Vou parar
Eu não sei
Só sei que esse chão
Que eu piso
Já me passa
E eu pouso
Renovada
Em cada dia
Que passa
Eu chego
Em partida.
Lucy 14.maio.2009
noite
Um paraíso Agnóstico
Se monta toda Noite
Um palco na rua
E o circo virá
Para mostrar
Os fios soltos Dos homens
Se encena
Se encerra
Na noite
Cada parte de nós que falta
Cada parte de nós que procura
Uma alma sedenta
Um corpo sedento
Por um entorpecer
Por uma coragem
De ser algo a mais
De ver algo a mais
Por se encontrar mais
Um desengano?
Pelo caminho da Rua
Que a lua cheia faz Nua
As almas se mostram
E os corpos dançam
Cansados da rotina
Reavivados neste palco
Abre-se a cortina.
Lucy 10 maio 2009
Se monta toda Noite
Um palco na rua
E o circo virá
Para mostrar
Os fios soltos Dos homens
Se encena
Se encerra
Na noite
Cada parte de nós que falta
Cada parte de nós que procura
Uma alma sedenta
Um corpo sedento
Por um entorpecer
Por uma coragem
De ser algo a mais
De ver algo a mais
Por se encontrar mais
Um desengano?
Pelo caminho da Rua
Que a lua cheia faz Nua
As almas se mostram
E os corpos dançam
Cansados da rotina
Reavivados neste palco
Abre-se a cortina.
Lucy 10 maio 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
pétalas
As minhas pétalas estão todas soltas
Ao ar
Meus bens e mal-quereres
Estão todos espalhados
De mim
E eu não me sei
Eu tenho certeza Apenas de mim
A água me cobre E me sacia
Passa
E se perde no Oceano
Eu me perco E me encontro
Sou Oceano
O quê fui E quê serei
Não Sei
Está espalhado Ao vento
E Dança
Para Além de mim.
Lucy 02.dezembro.2008
Ao ar
Meus bens e mal-quereres
Estão todos espalhados
De mim
E eu não me sei
Eu tenho certeza Apenas de mim
A água me cobre E me sacia
Passa
E se perde no Oceano
Eu me perco E me encontro
Sou Oceano
O quê fui E quê serei
Não Sei
Está espalhado Ao vento
E Dança
Para Além de mim.
Lucy 02.dezembro.2008
quarta-feira, 6 de maio de 2009
cidade mar
Quando eu conseguir usurpar a cidade
Haverá um campo para eu descansar?
E ficarei calma com meus livros
Minhas Sombras E quem sabe
Algum mar por perto?
Será a possibilidade do mar minha salvação?
E ficarei calma com o Meu Amor?
Que Amor? Qual Amor?
- Voltando, voltando, com calma - !
... Ficarei calma com meus livros,
E o vento, e a minha sombra
Eu pulsei e retirei de mim mesma
Energia Solar
E de dia fui à praia
E bravamente me expus
Queimei minha pele E mergulhei
No silêncio do teu Não
Fui sendo um 'Sim' Anônima para mim
Quanto de mim eu posso dizer
Sem te ferir? Sem me ferir?
Ai! Susto!
Essa verdade foi blasfêmia
Agora muito silêncio... Vento
E uma nova Velha Cidade
Para mim."
Lucy, Fevereiro, 2009
Haverá um campo para eu descansar?
E ficarei calma com meus livros
Minhas Sombras E quem sabe
Algum mar por perto?
Será a possibilidade do mar minha salvação?
E ficarei calma com o Meu Amor?
Que Amor? Qual Amor?
- Voltando, voltando, com calma - !
... Ficarei calma com meus livros,
E o vento, e a minha sombra
Eu pulsei e retirei de mim mesma
Energia Solar
E de dia fui à praia
E bravamente me expus
Queimei minha pele E mergulhei
No silêncio do teu Não
Fui sendo um 'Sim' Anônima para mim
Quanto de mim eu posso dizer
Sem te ferir? Sem me ferir?
Ai! Susto!
Essa verdade foi blasfêmia
Agora muito silêncio... Vento
E uma nova Velha Cidade
Para mim."
Lucy, Fevereiro, 2009
domingo, 3 de maio de 2009
Lispector
Só alguns comentários...
Vez ou outra leio o livro "Um sopro de vida" de Clarice Lispector e me dá vontade de gravar vários trechos do que ela diz.. O livro passa como movimento por mim mas ao mesmo tempo quero capturar... e sempre releio ela e vejo com novos olhos..
Então vai aí um trecho que li hoje:
"(...)
AUTOR -- Na hora do acontecimento não aproveito nada. E depois vem uma ilógica saudade. Mas é que o tempo presente, como a luz de uma estrela, só depois é que me atingirá em anos-luz. Na hora não chego a perceber do que se trata. Parece-me que só sou sensível e alerta na recordação. Quase que vivo, pois, no passado, por não recordar a espécie de riqueza do momento atual.
O esquecimento das coisas é minha válvula de escape. Esqueço muito por necessidade. Inclusive estou tentando e conseguindo esquecer-me de mim mesmo, de mim minutos antes, de mim esqueço meu futuro. Sou nu.
Ângela -- Quando me pergunto se o futuro me preocupa, respondo atônita ou fazendo-me de fingida: futuro? mas que futuro? o futuro não existe. Sou complicada? Sou simples como Bach!
Eu tenho medo do instante que é sempre único. Hoje, entrando em casa, dei um profundíssimo suspiro como se tivesse chegado de longa e difícil jornada. Pessoas desaperecidas. Onde estão? (...)." Clarice Lispector em "Um Sopro de Vida" p.161
Vez ou outra leio o livro "Um sopro de vida" de Clarice Lispector e me dá vontade de gravar vários trechos do que ela diz.. O livro passa como movimento por mim mas ao mesmo tempo quero capturar... e sempre releio ela e vejo com novos olhos..
Então vai aí um trecho que li hoje:
"(...)
AUTOR -- Na hora do acontecimento não aproveito nada. E depois vem uma ilógica saudade. Mas é que o tempo presente, como a luz de uma estrela, só depois é que me atingirá em anos-luz. Na hora não chego a perceber do que se trata. Parece-me que só sou sensível e alerta na recordação. Quase que vivo, pois, no passado, por não recordar a espécie de riqueza do momento atual.
O esquecimento das coisas é minha válvula de escape. Esqueço muito por necessidade. Inclusive estou tentando e conseguindo esquecer-me de mim mesmo, de mim minutos antes, de mim esqueço meu futuro. Sou nu.
Ângela -- Quando me pergunto se o futuro me preocupa, respondo atônita ou fazendo-me de fingida: futuro? mas que futuro? o futuro não existe. Sou complicada? Sou simples como Bach!
Eu tenho medo do instante que é sempre único. Hoje, entrando em casa, dei um profundíssimo suspiro como se tivesse chegado de longa e difícil jornada. Pessoas desaperecidas. Onde estão? (...)." Clarice Lispector em "Um Sopro de Vida" p.161
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