quinta-feira, 17 de maio de 2012

Remada corrente.

Há de fazer, com calma, um futuro imbutido no presente,
Aceitar as renúncias e o passar de cada dia
Num levar de águas sem arrependimentos
Há de cravar com força o momento instante
que passa
e não se deixar...
Viver sem amor, ideal, ou esperança

Para ter o amanhã abrindo de sol
É necessário o sim e o não de hoje

É necessário também saber soltar o tempo
E aceitar o corpo leve derivar

No mar sem tamanho
Eu me encontro e te perco

E me renovo
O que serei amanhã
É algo do que aceito e ultrapasso
hoje.

Lucy 23.10.2011

Mareada

Em algum lugar do mar
Jaz a minha libertação
E eu vou aos poucos me expandindo da cidade
Despedindo
Em algum lugar Ar em mim
Jaz o meu ser, que precisa se libertar
E ter carinho e movimento, para além de mim
Em algum lugar, meu mar
Eu sei me entregar
E eu sou ser de sal, água e sol
Nada mais, nada mais...

Eu sou tudo isso,
Eu inspiro a maresia
E me lavo por inteira
Meu sorriso olho é luz em reflexo
Em qualquer dia

E minha cidade é qualquer
Mar que me dá.

Lucy, 17 de maior de 2012.