quinta-feira, 19 de julho de 2012

Mundana

Talvez eu chegue a um ponto na minha vida
Em que eu consiga apenas simplesmente admitir
Que fui humana

Que não controlei minhas carências
Mas que mantive uma linha raciocínio Orgulho
Que me arrancou de mim e me manteve O caminho
Meu

Que me trouxe e me atirou em portos
E fui surpreendida – continuamente – comigo mesma
Aprendi e desaprendi, e esqueci se havia o que saber
O que saber, que não fosse o que sentir

Talvez eu admita, que apesar de todas as incursões
Não há um sorriso que não abra a porta certa
Que a única solução é buscar a pitada de alegria
Num universo de tristezas, que definhará...
(Justamente por isso)

Talvez eu tenha mais coragem, e me desgarre do cômodo
E saiba que é preciso, aceitar a liberdade
Que os sustos irão
Me colorir, e suspirar, e sorrir-grito!

Talvez eu saiba admitir e aceitar
Que apenas um caminho incerto pode chegar
Em algum pedaço inteiro de mim.

Lucy 19.julho.2012

terça-feira, 10 de julho de 2012

Apenas um detalhe

Era muito pequena, muito tímida
A flor que deu cor à cinza
Era muito vento e ainda
A flor não caía

Era muito vulnerável
O pequeno sentimento bonito que se instalava
E gritava algum tipo de independência
Apesar, a pesar
Das carências

Era um detalhe
Mas fez alguma - e toda - a diferença

Era muito simples a nossa cor
Que passava despercebido
Para quase todos
No entanto deu sentido para minha vida

E guiou meu caminho imprevisível
Para apenas um sensível tradutor
Saber me ler
Me ver.

É um sorriso apenas, que o vento leva,
E me eleva,
Uma nota que se perde
Um vento que me bate

E eu já fui.

Lucy, 10.julho.2012