sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Para ser



Foi um sorriso forçado
Inquieto
De uma alma composta
Comportada
Dentro de quatro paredes
Poucos textos

Medo
Medo
Medo ecoava e prendia
Os lábios


O corpo tremia
Porque segurava tantas
Emoções

Esquarteja teu corpo na calçada
Que já não serve mais de nada a tua carne

Sem emoção

Eu, eu me quebro toda,
Ainda manejo sobreviver

E eu doo

Mas vou envelhecer valendo à pena

E sorrir leve
Ao pesar das dores
Que tenho me sujeitado

Isso para mim é ser

Sentir

Lucy, 28.02.2014

En train de



There is a mist today
On these English lands
The gold light touches softly
My life
As I go for mourning

And this is also my home
Many have come before
Many will come

And all that is changing
Feels so static
In this landscape

I pass through
I retain this somewhere in me
I build myself strong
And let this all pass … And stay

As I go.

Wanderlust      Continually
In my soul

Lucy, 26.02.2014

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Whatever, wherever



The size of the world
Is the limit we put to it

My soul with music
Expands and loses itself
Through so many miles

I am vague, I am full
Of love

I treasure arriving and leaving
Any harbour
For the sea divides and unites

And the wind catches me
Makes me steady-flowing
Drifting…

I open my arms
And breathe in

Whatever comes, wherever I go

I am

And you are with,within me.

Lucy, 19.02.2014

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

À flor da Pele



É que a minha pele pulsa
Eletrifica algo, dentro do meu ser

Eu não consigo segurar em mim o que me mantém viva
Eu tremo e, apesar de toda a leveza que eu prezo,
Peso

Incomodo a falta

Eu sou em falta
E doo
Tento me dar e me preservar
E eu sinto
Eu sinto muito

Porque sou ilha em meio a tempestades
Sim, ainda consigo semear
Com pouco sol e muito vento
Eu insisto e trago frutos comigo

Mas eu sinto muito
Eu ensaio um sorriso que me acompanhará
Todos os dias

Mas agora meus olhos ardem
E sentem muito
As atribulações que quase me encalharam

Mas eu resisto
Persisto pela fresta

Trago muitos tesouros comigo
E não encalho

Só derivo
E sinto muito

A força das águas contra mim
Em mim.

Lucy, 12/02/2014.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Eu prefiro as manhãs

É ter paciência
É ter muita paciência e calma
E não se perder
E não se avexar
Apesar

Apesar de tanta energia espremida aqui dentro de mim
E pedindo AR
E pedindo algum tipo de OLHAR
É ter paciência para não atropelar
É ter paciência para o tempo-fluxo-correnteza

Te trazer, me levar
Me perder...para me encontrar
É viver cada passo e seguir em frente caminhando
É não baixar a cabeça apesar das porradas
É não ter pressa e fechar uma porta esparramada na cara do teu tesouro
Frágil

É fazer das tripas um grande coração
É não ter taquicardia apesar da corrida

É te encontrar
Sem me perder
É me encontrar
Sem te perder.
Lucy, 05.02.2014