segunda-feira, 24 de março de 2014

limites e extensões



E no limiar do irracional
Eu faço qualquer coisa como alegria
Da dor do que a vida não conseguiu resolver
Eu sugo, eu crio: minha alegria

Ao pesar das constatações
Eu continuo a caminhar
Sorrindo

Eu agradeço meu coração e corpo
Híbrido, misturado, composto
Por tantos opostos

Eu quase me quebro me esticando
Mas no balanço tem um samba

Tem uma outra coisa qualquer
Que me dá a graça
DE graça

E eu sigo em frente
Nas plataformas de Saudades
O que eu deixo é o que eu também
Conquistei

E faço minha vida de encontros
E despedidas.

Lucy 24.03.2014

quinta-feira, 13 de março de 2014

Um Sentir Grande



A música entra em mim
E me toca quase arranha
Porque com tanta gente e tão só

Tão sensível porque eu tive e perco
Constantemente
Os momentos
Eu não posso segurar

Estanca meu coração
Abre mais um furo
Que também deixa luz entrar

Eu me firo tanto porque amo tanto
Eu me curo porque tenho tanto para amar

Eu sinto muito e dói e é lindo
Eu escuto música e eu pulso
E peço por gentileza
Ter coração tão grande quanto asas

Para voar
Pairar
Cair
Mergulhar

E pulmão também
Respirar
E ser grande

Sobreviver com muitos tons
Na minha pele

Que veio de algum ti

Eu morri de amor
Várias vezes
E ainda estou aberta

Para arranhar na guisa dos lábios
Muitos outros sorrisos.

Lucy, 13.03.2014

segunda-feira, 10 de março de 2014

Thank you



Open the doors
On a Monday

Just give me the floor
To walk on
The street
To tread upon

I’ll be happy enough
Because life is so beautiful

Although I loose myself
There’s no other way to find out
New places
New faces
In me

Give me a new week
A new heart
New feet
And I will continue
Restlessly

My horizon is the energy
That I can find in the world
And renew it
Through my hungry eyes

There is so much to see
So many ways to be

A beleza é uma questão de olhar
10.03.2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

Para não se perder



Eu já aceitei
Muita esmola como se fosse tesouro
Eu já pedi
Muita esmola e tratei como tesouro

Sorria iludida e com fome
E me perdia de mim

É preciso quebrar esta linha
O que eu aceito é o que peço

Aprender
O que eu peço é o que eu aceito
Nada mais virá senão

Se eu me dou em flor e há tanta energia em mim
Amor em mim, sorrindo para “tis”
Sou tesouro

Porque frágil
Não tenho moeda de troca
Tenho dores de despejo

E preciso sempre
Valorizar
Simplesmente para não quebrar

É preciso estar atenta e bem consigo
Para não aceitar um qualquer...
Meia palavra, meia vida
E me despejar

Tão preciosa, por aí
E andar doendo.

Lucy 06.03.2014