A
maré que seca até encontrar teu fundo
Algumas
pedras que respiram por vezes
E
eu toco este fundo em superfície
Enquanto
uns coqueiros e bicas vêm de cima –
Eu
subterrânea em mar
Com
o sol expondo as entranhas
Ora
soterradas por águas límpidas
Da
maré cheia
Da
Taíba
Minha
memória é presente
O
lugar que persiste
Apesar
de tudo
A
existir
A
me dar de volta o que se foi no tempo
A
me enriquecer de presente
Para
viver simplesmente
A
alegria de ser parte da paisagem
De
tudo quanto vejo e sinto
E
que me é também por dentro
Pois
infiltra em mim
E
irradia
Lucy
26/11/2018