Difícil acreditar no que vem ou não
De uma dificuldade de sociedade
Que teima em existir
Difícil imaginar o que vem ou não
Por aqui, um corpo, um tanto de pele,
E alguma cabeça
Tentando com calma não te ferir
Não me ferir
Enquanto eu não sei se realmente a gente valha tudo isso a
pena
Será nossa provação?
O dia de hoje ainda está garantido
E realmente só se pode viver de presente
Meus presentes
E assim se chega, se vai,
Se mantém em ações do que se acha poder ser alguma solução
... enquanto os outros...
... enquanto os outros...
Continuarão a viver e morrer
Sem ver o dia de hoje pela perspectiva que a natureza lhe
deu
Para ser humilde
Eu ainda consigo e fico calma
Nada disso inconsequente de sociedade me amedronta ou
assusta tanto
(eu já sabia)
E não é lá o gestor
É meu vizinho que sai sem por que
É quem dá voz e corpo a imbecis
Que impregnam
Eu
Ainda tenho meu corpo em que mando
E que decido ou não ser isso
Enquanto ainda consigo fotossíntese
Dentro de mim
E em meu lar.
Lucy 29/03/2020