quarta-feira, 29 de abril de 2009

Fortaleza

Tantos pedintes, desordenados, esculhambados
Tantos aceitos
Desculpas... Por Existir
A metrópole escaneia uma face
E se engole mal
A gente se engole Mal
E anda sorrindo
E Vão subterfúgios
Aquela Novela Daquele dia Naquele Bar
Vão barreiras invisíveis
Desses Sistemas Invasores
Vêm essas Invasões Bárbaras
Dessas globalizações
São tantas vendas
São tantas moedas
E o Mercado Da Metrópole
Esse Mar Essa Vista
A metrópole tem tantas faces
Coragem
Desculpas ... Por resistir
A metrópole É a garota
Cartão-postal, Crime
Desespero. . . Pra se vestir

Lucy 2005

sábado, 25 de abril de 2009

tabatinga - RN


Surf em Tabatinga com fotos tiradas por André, meu primo!
Gostei de hoje

trastes

De diversas formas me edifiquei
Diversa
E busquei algum tipo de paz e ritmo
Os caminhos de pedra
E o flutuar das águas
E cores
De alguma forma Me edifiquei
E contrastes
Com trastes
Eu rodo E busco O quê já encontrei
Mas só me vêm novidades
Minh'alma se assusta E engrandece
E meu corpo
Meu corpo treme Esse eterno desabrochar
É que o mundo tem as portas abertas
E minhas pernas querem andar
Para que meu olhar
Se permita
Para que meu amor
Se extenda
Para que meu corpo
Se extenda E seja livre

Lucy 2006

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Taíba - em 2006



Muitas saudades da Taíba e já faz até um tempo...
Eu ainda nem surfava nessa época

PS

Normalmente escrevo meus poemas sem títulos...
Agora postando é até interessante esta invenção "pós-escrito", são novas brincadeiras

Não estou colocando, nem de perto, todas as minhas coisas
Vou indo com a oportunidade
Daqui a pouco vou resgatar uns textos mais antigos pra dar uma mudada (muda?)e procurar algumas imagens também
Obrigada pelos comentários, beijos

Muda

Mudo de cidade
A Cidade Muda em mim
Idade Muda em mim
E eu?
Aprendendo nova língua, novos passos
Velhas paisagens
Capturadas em outra cadência
O que tenho, o que estou
Segue alguma força
Para além de mim
Nunca chegará à minha compreensão
Alguma coisa
Que eu de nada sei
Está certo Completamente certo
Estou só, estou cansada
Estou bem
E alguma surpresa
Como o rasgar do embrulho de presente
- Surpresa! -
Me reserva
Para algum amanhã
Do que sei nada me satisfaz
Então, meu desconhecido, me apraz
23.abril.2009

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Águas de Março

Quão estranhos nos tornamos
E eu? Estrangeira em mim
Que do Amor grande Estranhamento
Quão estranho você
Que as rodas da vida
Me giraram
Tenho medo de proferir
O que repousa No mais profundo do meu ser?
Minha grafia é outra
Algum tipo de escrito Me ultrapassou
Tenho Declarações Conquistadas
Só eu não consegui
Me colonizar
Vivo desbravando
Alguma coisa Mágica
De remédio Nos outros
Virá Veneno?
Eu estrangeira em mim
Eu estrangeira
Não, você não compreeendeu
Você, vocês me perderam
Nos hiatos dessas traduções
Minhas palavras apressadas
Desses gestos presumidos
Não, não choro mais
Meu caminhar Vem de uma Dor há muito consumida
Eu só me dôo um pouco Em ti
Estrangeira
Procuro
Minha Pátria Ou Morte
Ou Vida
Anônima
Lucy, Só, Somente, Lúcida (?).

Março 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

trilha

Deixe apenas a música
De fundo
Meio ator principal também
E nós de cenário
Nós o cenário
E o fundo musical
A trilha sonora depois carregamos na cabeça
Tudo no seu lugar certo
Tudo dentro e para além
Do nosso corpo
A música dentro de mim
Eu para além de mim
Das notas entrando em mim
Saem palavras e cores
A construção do momento
Meu Seu Nosso
Música
Antes Durante e Depois
Que meu respirar
E meu passo
Terá ritmo
Para além de mim.”
20.04.2009

Retrospectiva

Em quantos portos eu já não estive?
Minhas saudades
Quantas plataformas
E distâncias Em meu peito
E recordações
E quantas coisas
Hoje
Presente
Esse mundo e pessoas
Aceleram meu coração
taquicardia
pelo destino
Eu sou um pouco tudo
Mas não consegui uma forma de me espalhar
Por todos
E me aperta E me constrói
Essa condição
Mesmo mar de ligação e distância
Eu mergulho nesse devir
E o caminho é que me faz o momento
Eterno
Até mais

Lucy 2005

abriu abril

O primeiro funeral que eu fui
O primeiro funeral que senti
Foi o do meu coração
Dá seus sinais de vida, por certo
Alguns sinais
Um golpe ou outro
Que perde força
Que pede força
Ao vento
Eu fiquei com medo
Tanto medo
Que nem bebi mais muito
Nem senti mais muito
Eu fiquei com tanto medo de lembrar
Meu velório
Que eu não mais me senti
Eu sem ti.. Agora descubro
Novamente
Que eu não posso é mais
Ficar sem mim
Preciso agarrar Cá comigo
Minhas dores, meus amores
Meus Eus.. Minhas inúmeras vidas
Deixar- me correr
Falar baixinho pra minha força
Ter vontade de mostrar as caras
Que quase esqueço minha feição já
Eu escuto música e fico praticamente
profundamente Completa
Complexa
E simples
Como esse batuque
Eu vou dançar
E deixar um par
Se arrumar.
Sem par
Eu vou é me arrumar.
Lucy Abril/2009

Criação - Um sopro

Há muito tempo cogito criar um blog, e como muita coisa, fui deixando pra lá

Agora quero ir me soltando um pouco mais pro mundo pra ver se fico mais leve

E um pouco mais longe de casa crio esta comunicação com os meus amigos, novos e velhos... Adoro todos vocês e sinto saudades ..

Espero que gostem, beijos