Eu preciso poder
compartilhar
O mais sincero e honesto
Cerne do meu ser
Simples
Mas Eu preciso também
Viver sem ideal nem
esperanças
Para ser sincera
E não construir uma armação
Falsear Verdades
Encontrar cópias
E datas de validade
Que nada me adicionam
Eu fico cínica
Eu sorrio cínica
E me liberto dentro de mim
Em minha casa
Alcanço o mundo
Porque sem mentiras
Porque sem expectativas
Porque irrestrita
Eu preciso compartilhar?
Eu escrevo desesperadamente
E serenamente
Para salvar algum tipo de
mundo
Eu
A tela-folha me olha, e num
quadro em branco
O infinito é fim
O infinito é fome
E algum tipo de metafísica
me enche de paz
De esperança de nada
De simples, afinal,
Ser sem ter que esconder
E Na rua
Leia-me.
Lucy, 20. Abril.
2013.
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