sábado, 20 de abril de 2013

Fome



Eu preciso poder compartilhar
O mais sincero e honesto
Cerne do meu ser
Simples

Mas Eu preciso também
Viver sem ideal nem esperanças
Para ser sincera
E não construir uma armação

Falsear Verdades
Encontrar cópias
E datas de validade

Que nada me adicionam

Eu fico cínica
Eu sorrio cínica

E me liberto dentro de mim

Em minha casa
Alcanço o mundo

Porque sem mentiras
Porque sem expectativas
Porque irrestrita

Eu preciso compartilhar?

Eu escrevo desesperadamente
E serenamente
Para salvar algum tipo de mundo
Eu

A tela-folha me olha, e num quadro em branco
O infinito é fim
O infinito é fome

E algum tipo de metafísica me enche de paz
De esperança de nada
De simples, afinal,

Ser sem ter que esconder

E Na rua

Leia-me.

Lucy, 20. Abril. 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário