sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Em sonho não



Eu paro e penso se eu devo escrever
Se nada de bom me vem à cabeça
Mais uma vez
E eu vou ser ingrata
E eu não gosto disso

Eu paro e penso  E estar aqui, assim,
Me parece tão estrangeiro
E tão eu, tão assim, de novo
Me sinto encurralada
Eu tenho dores e não me pertenço
Meu corpo aos poucos vai esquecendo
Minha mente aos poucos vai esquecendo
E precisa lembrar, do que já veio de bom,
Precisa também se equilibrar
Pelo que já se foi, que foi ruim

Mas este vazio
É opressor

O som do mundo lá fora agitando
Descompassa a minha alma

E eu não quero
Não quero  Me adaptar

Eu engulo e o gosto é ruim
Expatriada em mim e só
Estranho tanto estranhamento
Eu sou                  A noite é longa
E Só.

Lucy, 22 Agosto 2014

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Here and there



And all things must go

And I have…

I stay
In silence

For all things
Must Go

To survive all this
To release all this
To accept all this

And still preserve

Something special
Inside me

Is so difficult

But all things must go

To stay
True
To yourself

No use to hold on
No use to be afraid
No use to complain
No use to talk

All is useless
And necessary

You got to leave it
And Be

E eu silencio
Por medo de proferir
O tudo que é nada

Soltam-se as amarras e eu estou só
No aguardo
Num hiato

De onde não posso fugir
Difícil me equilibrar
Com esta constatação

Mas tudo deve ser solto
E livre
No vento
Inútil falar
Inútil reclamar

Tudo deve ir

Para encontrar o seu lugar

Em qualquer tempo
Que será

Só há um hoje
Para se aceitar

Feliz
Infeliz
Mente

Entre dois países, três, quatro
Eu sou um buraco negro
Com um monte de vento

E silêncio

E música

E eu

Lucy 01.08.2014