Eu paro e penso se eu devo escrever
Se nada de bom me vem à cabeça
Mais uma vez
E eu vou ser ingrata
E eu não gosto disso
Eu paro e penso  E estar aqui,
assim,
Me parece tão estrangeiro
E tão eu, tão assim, de novo
Me sinto encurralada
Eu tenho dores e não me pertenço
Meu corpo aos poucos vai esquecendo
Minha mente aos poucos vai esquecendo
E precisa lembrar, do que já veio de bom,
Precisa também se equilibrar
Pelo que já se foi, que foi ruim
Mas este vazio
É opressor
O som do mundo lá fora agitando
Descompassa a minha alma
E eu não quero
Não quero  Me adaptar
Eu engulo e o gosto é ruim
Expatriada em mim e só
Estranho tanto estranhamento
Eu sou                  A noite é
longa
E Só.
”
Lucy, 22 Agosto 2014
 
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