segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Horizonte



Há um silêncio de palavras
Há uma explosão de sentidos

No mar
No meu corpo livre exposto
E molhado

No mar
Existe uma fotossíntese
De águas dando apoio para o corpo
Meu chão-mergulho

E de não precisar mais
Meu olho reflete
Oceano de felicidade

Uma cidade praia
Não é outra qualquer

Um absurdo de civilização
Afronta
Um infinito

E se encaram

Desafiar
É alcançar este limite-praia

Onde se armam
Batalhas e festejos
De encontros tão opostos
De sonho e cálculo
De concreto e água

Enterrando pés na areia, somos,

à deriva da cidade

a derivar cidade

Lucy, 04/09/2015

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