Eu visito o mar
Para saber, que com tantas andanças e mudanças
Ele continua, grandioso
Ali
Igual
E abençoa
Eu visito o mar
Para colocar todas as coisas
Na sua real perspectiva
Porque a casa verdadeira é a que não limita
Porque eu sou sem limites
Porque ele me permite
Ser, em parte, mero repouso de sol
Porque as águas em ondas me balançam
E me aconchegam
Numa companhia silenciosa
E antiga, de trovões
Porque existe uma violência e calma
No encontro de águas e areias,
E minhas pegadas se perdem
Porque eu preciso me perder
Porque eu me encontro
E sou sem mal
Felicidade entra em mim
Para além-cidade, mesmo que à beira
Eu visito o mar para pedir a bênção
Ao dia novo
A uma mim nova
E sempre igual
Lucy, 29/11/2015
Lucy, 29/11/2015
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