quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Qualquer sol



Teu sentimento plástico
Se molda no vento
Meu corpo carne
Resiste

E meus olhos ainda capturam
Todas as cores
Todas as dores

Existem, todavia, ideias que alimentam
Meu cerne sedento

E meus pés se movem
E me permitem
Outras visadas

A desconsiderar este jogo
Inconstante-tu

A guiar uma dormência de tu
E uma sensibilidade-eu

Em ações me moldo
E mantenho alguma paz

A enfrentar com alguma calma
Qualquer distopia

E a aceitar com algum agrado
Qualquer Sol.

Lucy, 2. Setembro 2017

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