terça-feira, 21 de novembro de 2017

Apreende dentro



Se eu escrever com calma
O fundo do meu ser
Meu cerne não terá cara
Só força e alma

Se eu falar íntegra
Tudo que eu, despida,
Tentei conquistar
Caem-se as imagens

E se eu me libertar de um tu
Que mal tem
Sustância

Liberdade
A cidade tem movimentos
Que batem em mim com o vento

Com meus olhos
Com meus olhos
Gulosos

Eu posso me ver
Melhor
Pelo que sai de mim
Pelo que não sinto reflexo

Se eu procurar dentro de mim
Uma matéria
Eu também
Desconstruo meu corpo

E me faço,  também
pelo que há
De Mar
E Cidade
Em mim.
Lucy, 21/11/2017

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