Tem uns morros pelos quais passei
Que eu também fiquei
Eu vejo e pulso em saudade
Do que também me construiu
(à beira-mar
nunca se alcança o horizonte)
Tem um absurdo amor que sou
E muito de você ainda pulsa em mim
Por acreditar nas magias que fazem
Todos meus dias
A me esparramar em uniões pelo mundo
A me desfazer e me sentir também tão só
Tem um infinito que eu, finita, Sou
A desfazer e refazer, com vento
Tantos sóis
Lucy, 16/01/2019
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
As marés
Você
me fala de amor
E
eu lhe falo das marés
Que
vêm e vão com força própria
Para
quebrar e desfazer o ar
Eu
aproveito com gratidão algumas dessas forças
Que
me encharcam e resplandecem
Por
onde movimento e inércia
Em
derivas
Enquanto
meu corpo ainda íntegro de felicidade e amor
De
muitos queridos que fazem minha vida e meu ser
Algo
também se agita
Agora
Que
você voltou em mim
Se
visita
Ou
paragem
Não
sei
Mas
meu corpo tem vontade
De
ser teu porto
(e
pode?)
Lucy
02/01/2019
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