sábado, 1 de dezembro de 2012

PAZ

"
Eu deixo a cidade em paz
E vou tão somente
Devanear no mar
Que espelha o céu e eu dentro de mim

Como descrever algo tão simples?
Como descrever algo tão forte em si?

Eu troco de cenário
 e a cidade - com todas as suas lógicas
E des-lógicas
e mortes lentas de vida apressada -
É apenas meu cenário, não está em mim
Está para mim, quando eu puder

Minha casa flutua na certeza de não poder ser construída
Meu coração flutua na certeza de não pertencer

Ao piso esmaga dor
Aos entre-pisos em que não caibo
Em que pouco respiro e mal vejo

Eu perco a vista no horizonte e não preciso pensar no que veem
Se me veem, se gostam ou não

No mar eu SOU, simplesmente
Um repouso para o sol, um encontro com a água
Entre meus fios me dão ar
Sou da graça

De graça.”

30.novembro.2012

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