No país de leis absurdas
A malandragem é quase senso
No país absurdo
O que mais vale é dançar
Cantar e sambar
E esquecer...
De caminho lento a gente anda enviesada
E alcança algum tipo de progresso
Que passou por cima da alma de alguém
Que marcou de escravo uma família
E sai incólume da boca
De algum advogado
No absurdo
Se aprende
A lei da surdez
Para rir, afinal,
Sem ter pra quê.
Lucy, 22. fevereiro. 2013.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Por enquanto
Se tudo é para somar
Se com tudo se aprende
Porque depois de tudo isso
Parece-me que o que sobra aqui
- Em mim -
É uma lacuna opressora que me aperta
De dentro para fora?
Meu coração ecoa
Alguma dor
De estar existindo
Com tanto campo descampado
Ao meu redor
A me acusar o infinito
De destino
Eu sei que em outro momento
É dali que eu recebo o vento
Que me acariciam os cabelos
E me dá a paz
De, com leveza, alcançar o mundo
Mas, enquanto isso,
Dói.
Lucy 18. Fevereiro. 2013
Se com tudo se aprende
Porque depois de tudo isso
Parece-me que o que sobra aqui
- Em mim -
É uma lacuna opressora que me aperta
De dentro para fora?
Meu coração ecoa
Alguma dor
De estar existindo
Com tanto campo descampado
Ao meu redor
A me acusar o infinito
De destino
Eu sei que em outro momento
É dali que eu recebo o vento
Que me acariciam os cabelos
E me dá a paz
De, com leveza, alcançar o mundo
Mas, enquanto isso,
Dói.
Lucy 18. Fevereiro. 2013
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Inteira
Façamos um trato:
Você não me impede
E eu não te peço
De ser para ser nós dois
Façamos uma paz: de só sermos dois
Se somar
Não me dividir em dois
E me dispersar assim
A minha energia não é causada
Por implosão
Ela tem que vir do caminhar natural no sol
Para ficar em mim
Tem que ser por inteiro
Enquanto isso
Por medo de genocídio
Acordo só
E o vento e o sol
Me atingem por inteiro
Sem sombras
Sem sobras.
Lucy, 16. Fevereiro. 2013
Você não me impede
E eu não te peço
De ser para ser nós dois
Façamos uma paz: de só sermos dois
Se somar
Não me dividir em dois
E me dispersar assim
A minha energia não é causada
Por implosão
Ela tem que vir do caminhar natural no sol
Para ficar em mim
Tem que ser por inteiro
Enquanto isso
Por medo de genocídio
Acordo só
E o vento e o sol
Me atingem por inteiro
Sem sombras
Sem sobras.
Lucy, 16. Fevereiro. 2013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Amanhã vai ser outro dia
A graça desgraça que a gente sustenta
Um não-se-entender
Que a gente aguenta
Meu riso é partido
E necessário No meu caminhar
Oblíquo
Eu caminho em frente
E te pego de lado
Me perco em periferias
E ao mesmo tempo em paz
Eu plaino
Algum bem-querer De si mesmo
Me preserva e me direciona
Para algum lugar-Amanhã
Que eu não sei o quê.
(Como se eu me segurasse
Sem me saciar).
Lucy, 14 fevereiro. 2013
Um não-se-entender
Que a gente aguenta
Meu riso é partido
E necessário No meu caminhar
Oblíquo
Eu caminho em frente
E te pego de lado
Me perco em periferias
E ao mesmo tempo em paz
Eu plaino
Algum bem-querer De si mesmo
Me preserva e me direciona
Para algum lugar-Amanhã
Que eu não sei o quê.
(Como se eu me segurasse
Sem me saciar).
Lucy, 14 fevereiro. 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Recordas
Um ano me consumiu inteira
6 meses me consumiu inteira
Uma semana terminou comigo
E eu persisto reforçadamente
A reencontrar ciclos
Aonde eu basto e não me acabo?
Quem aguenta me aguenta
Rebenta a corda que esticou e virou balaio
de gatos gastos
Uma semana e não serei mais a mesma
Uma parte de mim me reconhece inteira
A outra me espreita enquanto eu enfrento
O mundo
Criando o meu caminho
Eu me reforço inteira e atropelo alguém
Meus pelos arrepiam e eu não sei quem.
Lucy, 26 janeiro 2013.
6 meses me consumiu inteira
Uma semana terminou comigo
E eu persisto reforçadamente
A reencontrar ciclos
Aonde eu basto e não me acabo?
Quem aguenta me aguenta
Rebenta a corda que esticou e virou balaio
de gatos gastos
Uma semana e não serei mais a mesma
Uma parte de mim me reconhece inteira
A outra me espreita enquanto eu enfrento
O mundo
Criando o meu caminho
Eu me reforço inteira e atropelo alguém
Meus pelos arrepiam e eu não sei quem.
Lucy, 26 janeiro 2013.
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