É que se o homem
Com toda a sua grande sabedoria
Fez-lhe mal
Não desespere
Há ainda por aí a natureza
A quebrar-te a paisagem
Que não privilegia
Do lado de lá do rio se vê
A margem de cá
Olhos melhores?
Do lado de lá ainda se tem
Uma perspectiva
Que te salva de ti mesmo
Se tu não inflares o peito
E manteres o pé no chão
Tu terás em medida teus passos
Resguarda aquele que não se infla
Porque esquecido
Estar no seio do desconhecido
É sobreviver
Sem se coagir
Estar perdido e sem amparo
É ainda algo bom
Olhares para todos os lados
E, esquecido
Poder se perder
De si.
Lucy, 13.11.2014
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